segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Cultura mundial de massas


«Entrámos na era da "cultura mundial de massas", na qual Arnold Gehlen via a aparição de um "novo primitivismo". Esta cultura planetária, ocidental e "americanomorfa", pode ser dividida esquematicamente em três grandes sectores normalizados: a "cultura de massas" propriamente dita, que produz o E.T. ou a música electrónica e cuja génesis foi colocada em manifesto por Theodor Adorno; a cultura elitista, frequentemente abstrusa e abstracta, totalmente universalista e cuja função é social e discriminatória: substituir as divisões etno-geográficas por uma estratificação vertical entre "gentes cultivadas" e o "grande público", à escala de toda a civilização ocidental; e por último uma cultura "de museu" que codifica a tradição, racionaliza a memória colectiva e gere o passado, com o objectivo de transformar cada cultura nacional num stock folclórico inofensivo que participe no "património da humanidade". Nos três casos, é a noção de cultura vivente e específica que desaparece, e com ela a possibilidade de dar uma expressão histórica a uma forma cultural. A cultura mundial de massas caracteriza-se por duas particularidades principais que impedem praticamente todo o povo que participa nelas realizar uma política cultural nacional: o economicismo (ou a "economização da cultura") e o cosmopolitismo.»

Guillaume Faye

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