segunda-feira, 30 de novembro de 2009

57%


Os Minaretes são a parte visível... do véu, do comunitarismo, da islamização, da sharia, da submissão. Sim à interdição dos minaretes.

Cultura mundial de massas


«Entrámos na era da "cultura mundial de massas", na qual Arnold Gehlen via a aparição de um "novo primitivismo". Esta cultura planetária, ocidental e "americanomorfa", pode ser dividida esquematicamente em três grandes sectores normalizados: a "cultura de massas" propriamente dita, que produz o E.T. ou a música electrónica e cuja génesis foi colocada em manifesto por Theodor Adorno; a cultura elitista, frequentemente abstrusa e abstracta, totalmente universalista e cuja função é social e discriminatória: substituir as divisões etno-geográficas por uma estratificação vertical entre "gentes cultivadas" e o "grande público", à escala de toda a civilização ocidental; e por último uma cultura "de museu" que codifica a tradição, racionaliza a memória colectiva e gere o passado, com o objectivo de transformar cada cultura nacional num stock folclórico inofensivo que participe no "património da humanidade". Nos três casos, é a noção de cultura vivente e específica que desaparece, e com ela a possibilidade de dar uma expressão histórica a uma forma cultural. A cultura mundial de massas caracteriza-se por duas particularidades principais que impedem praticamente todo o povo que participa nelas realizar uma política cultural nacional: o economicismo (ou a "economização da cultura") e o cosmopolitismo.»

Guillaume Faye

sábado, 28 de novembro de 2009

Cultura a Tradição


"Já em 1908, e mesmo antes, pensava que a literatura de uma nação é importante. Palavras, meios de comunicação, literatura, a forma de comunicação mais condensada, comunicação dos factos mais básicos e essenciais. Ideias necessárias para conduzir a uma vida honrada e transmitida pelos melhores livros. O dever de qualquer homem, tão depressa se faz homem verdadeiro, é manter vivos esses livros e essa tradição".

Ezra Pound

«Do it yourself»


«Do it yourself» (ou DIY), em português «faça você mesmo», é um termo usado para descrever a criação, alteração ou reparação de algo sem a ajuda de especialistas ou profissionais. A expressão entrou em uso na década de 1950, em referência aos programas de melhoramento que incitavam as pessoas a completar a sua casa de forma independente. Numa época mais recente, o termo DIY ganhou um novo significado, abarcando um largo espectro de actividades. O espírito DIY está associado às correntes internacionais do punk hardcore e do rock alternativo, a estações de rádio piratas e à comunidade zine. O espírito DIY encarna hoje uma alternativa à cultura de consumo moderna baseada na confiança nos outros para resolver necessidades.

O DIY enquanto subcultura começou com o movimento punk na década de 1970. Em vez dos meios tradicionais de chegar ao público, através de grandes editoras musicais, as bandas começaram a gravar por sua iniciativa, manufacturando os álbuns e o merchandising, agendando as póprias digressões e criando oportunidades para bandas mais pequenas. Entretanto, o movimento Zine (abreviação de fanzine ou magazine, publicações amadoras de pequena circulação) tomou a cobertura e promoção da cena punk underground e alterou significativamente a forma como os fãs interagiam com os músicos. As zines tornaram-se uma das principais portas culturais entre a juventude e a cultura DIY, e rapidamente apareceram zines que ensinavam a fabricar t-shirts, posters, zines, livros, comida, etc.

Com a ascenção das corporações multinacionais modernas, a cultura DIY na Europa e na América do Norte tornou-se progressivamente uma ideologia política e social, assumindo dessa forma um imaginário e uma estética próprias. De forma semelhante ao movimento Arts and Crafts no início do século XX, o movimento moderno DIY é visto como uma resposta reaccionária à confiança na produção em massa característica da sociedade industrial moderna. Uma frase geralmente associada à subcultura DIY é «pensar globalmente, agir localmente». Dessa forma, considera-se que o apoio a corporações multinacionais é um incentivo à exploração do trabalho, sendo que a criação de peças individuais ou a compra de bens e serviços feitos localmente representa um boicote a essas organizações.

A cultura DIY não se limita ao artesanato mas extende-se também a outras áreas como os transportes públicos, apoiando o uso de bicicletas e de transportes públicos, e incentivando o uso de veículos eléctricos ou híbridos. Ouvir e colaborar em rádios comunitárias, rádios piratas, assim como assistir e fazer televisão comunitária, evitando a imprensa tradicional repleta de publicidade, também é uma prática comum.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Restaurar a Independência Nacional


O PNR convoca os seus militantes e apoiantes para estarem presentes no acto público a realizar às 16 horas do Dia 1 de Dezembro em frente ao Monumento aos Restauradores em Lisboa. Proceder-se-á à deposição de uma coroa de flores em homenagem aos heróis da Restauração, e com ela, a todos aqueles que lutam e lutaram pela nossa soberania. Faremos deste 1º de Dezembro, na Praça dos Restauradores, um momento de homenagem, mas também de protesto contra a entrada em vigor do “Tratado de Lisboa” que nos subtrai mais ainda, e de forma grave, a soberania, bem como uma ocasião de distribuição de propaganda e de convívio entre Nacionalistas. Todos os Patriotas e Nacionalistas estão convidados a participar!

Mais informações: PNR

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Retomar D. Sebastião


"Um Portugal renunciando às linhas geratrizes que o criaram e lhe deram o modo de ser, um Portugal mudando de alma, de espírito, já não será Portugal. Todos os que subscrevem essa orientação diferente arrastam um suposto corpo da Pátria que de Portugal mantém, apenas, o nome. Mas, para além da demissão e da mascarada, existem os que permanecem fiéis ao mesmo sentido, ao mesmo desígnio, à mesma tessitura de sonho (o prodigioso e, no entanto, autêntico consórcio de saudosismo e sebastianismo que leva aos ressurgimentos de restaurações). Deus quer, o homem sonha, a obra nasce (F. Pessoa). O impossível dos incrédulos tornar-se-à realidade. Como tarefa primordial, porém, há que expurgar do corpo da Pátria aqueles que a negaram. Nesse empreendimento, um papel decisivo cabe aos não conspurcados, aos jovens iniciadores. Afonso Henriques tem 28 anos quando proclama a independência de Portugal. D. Sebastião tem 24 anos, quando morre, valorosamente, a batalhar em Alcácer Kibir, hasteando o acicate de Camões."

Goulart Nogueira
in Jornal Acção – n.º3.

Mille cuori, una bandiera!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A grande depressão é as nossas vidas


"A publicidade faz com que esta gente ande atrás de carros e de roupas de que não precisa. Gerações inteiras têm estado a trabalhar em empregos que odeiam só para poderem comprar aquilo que, na realidade, não precisam.
Não temos uma grande guerra na nossa geração, nem uma grande depressão, mas temos uma grande guerra do espírito. Temos uma grande revolução contra a cultura. A grande depressão é as nossas vidas. Temos uma depressão cultural."

Chuck Palahniuk
in "Clube de Combate", Casa das Letras.

Presente!


"O nosso movimento não é apenas uma maneira de pensar, é uma maneira de ser. Não nos devemos propor apenas a construção, a arquitectura política. Temos que adoptar, perante a vida, em cada um dos nossos actos, uma atitude humana, profunda e completa. Esta atitude é o espírito de serviço e sacrifício, o sentido ascético e militar da vida. Assim sendo, que ninguém pense que aqui recrutamos para oferecer recompensas; que ninguém pense que nos reunimos para defender privilégios."

José António Primo de Rivera

sábado, 21 de novembro de 2009

A Grande Cidade


«Ó Zaratustra!, é esta a Grande Cidade; aqui nada tens que procurar, mas tudo a perder.
Porque havias de querer chafurdar neste lodaçal? Tem piedade dos teus pés! Cospe antes à porta da cidade, e segue o teu caminho.
Aqui é o inferno para os pensamentos dos solitários; aqui os grandes pensamentos são cozidos vivos e reduzidos a papa.
Aqui apodrecem todos os grandes sentimentos; aqui apenas são autorizadas as crepitações dos sentimentos miúdos já completamente ressequidos.
Não sentes já o cheiro dos matadouros e das tascas do espírito? Não exala esta cidade um vampor de espírito trucidado?
Não vês as almas pender como farrapos moles e sujos? E desses farrapos ainda fazem jornais!
Provocam-se mutuamente sem saber porquê. Excitam-se uns contra os outros sem saber porquê. Chocalham as suas letas, fazem ressoar o seu ouro.
Sentem frio e procuram aquecer-se com aguardente. Têm calor e procuram o contacto fresco dos espíritos gelados; estão todos doentes, estão todos contaminados pela opinião pública.
É aqui a pátria de todas as concupiscências e de todos os vícios.»

Friedrich Nietzsche
in "Assim Falava Zaratustra", Guimarães Editores (2004).

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Lusitanos à conquista de Roma


Depois do êxito da primeira deslocação a Roma organizada pela Terra e Povo, em Maio deste ano, decidimos regressar com um novo grupo para dar a conhecer o activismo dos nossos camaradas romanos. É já no próximo fim-de-semana que um grupo de portugueses ficará na CasaPound e terá contacto directo com esta vanguarda cultural e política italiana.

Palavra brava e bela


"Tradição: para uma estirpe dotada da vontade de voltar a situar a ênfase no âmbito do sangue, é palavra brava e bela. Que a pessoa singular não viva somente no espaço. Que seja, pelo contrário parte de uma comunidade pela qual deve viver e, sucedida a circunstância, sacrificar-se, esta é uma convicção que cada homem com sentimento de responsabilidade possui e que postula à sua maneira particular com os seus meios particulares. A pessoa singular não se encontra, no entanto, ligada a uma comunidade superior unicamente no espaço, mas, de uma forma mais significativa, ainda que invisível, também no tempo. O sangue dos antepassados está latente, fundido com o seu, ele vive dentro de reinos e vínculos que eles criaram, custearam e defenderam. Criar, custear e defender: esta é a obra que ele recebe das mãos daqueles e que deve transmitir com dignidade. O homem do presente representa o ardente ponto de apoio interposto entre o homem do passado e o homem do futuro. A vida relampeja como o rastilho incendiado que corre ao largo da mecha que ata, unidas, as gerações… queima-as, certamente, mas mantém-nas enlaçadas entre si, do princípio ao fim. Em breve também o homem presente será igualmente um homem do passado mas, para conferir-lhe calma e segurança, permanecerá a ideia de que as suas acções e gestos não desaparecerão com ele mas antes constituirão o terreno sobre o qual os vindouros, os herdeiros, se refugiarão com as suas armas e instrumentos."

Ernst Jünger
in "Die Tradition".

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

In God we trust


"Quando as pessoas deixam de crer em Deus não passam a crer no nada; passam a crer seja no que for."

G. K. Chesterton

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"XII-XI-MCMXIX: Di Nuovo In Armi!"

D'Annunzio, Poeta e Soldado — por Fiume!


Eia - Eia - Alala!

Foi numa missão ainda na Grande Guerra que Gabriele D'Annunzio lançou pela primeira vez o famoso grito Eia-Eia-Alala , sobrevoando Pola para a largar panfletos sobre a cidade. Atribuído a Aquiles pela tradição grega, era já o mesmo grito que haveria de ecoar por toda a história italiana do Vintennio, logo depois de renascer em Fiume, há pouco mais de 90 anos.
Na madrugada de 12 de Setembro de 1919, o combatente condecorado, poeta e artista D'Annunzio entrava em Fiume, a cidade-porto no Adrático injustamente recusada à Itália pelas potências Aliadas. Dirigia uma coluna de veteranos que foi crescendo pelo caminho, recolhendo voluntários e mantimentos. O comandante das forças italianas presentes recusou abrir fogo sobre outros italianos, abraçou-o a chorar e limitou-se a dizer «grande poeta, possa o teu sonho cumprir-se!»

A acção directa de D'Annunzio e dos seus 2000 «Fiamme Nere», os primeiros «camisas negras», tornou Fiume um «estado livre» que iria atrair nacionalistas, sindicalistas, anarquistas, intelectuais futuristas, soldados e artistas de toda a Itália. «Neste mundo louco e vil, Fiume é o símbolo da Liberdade» declarou il Comandante. Em memória da sua «marcha sobre Fiume» recordemos o lema que viveu: «Lembrem-se de ousar, sempre! »

«É preciso fazer a própria vida como se faz uma obra de arte. É preciso que a vida de um homem inteligente seja produzida por si próprio. A verdadeira superioridade não é mais do que isso»
Gabriele D'Annunzio, "Il Piacere"

Movimento de Acção Nacional

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Progresso e Democracia


"Naturalmente, quando nos encontramos perante uma ideia como a de igualdade ou de progresso, ou doutros dogmas laicos que a quase totalidade dos nossos contemporâneos aceita cegamente, noções que, na sua maior parte, começaram a ser formuladas no decurso do século XVIII, não é possível admitir que essas ideias tenham nascido espontaneamente.
Tratava-se, em suma, de verdadeiras sugestões, no sentido mais estrito da palavra, sugestões que, a prazo, não puderam agir senão num meio preparado para as receber; não criaram, no seu conjunto, um estado de alma que caracteriza a época moderna, mas contribuiram largamente para a alimentar e desenvolver; até um certo ponto, que sem dúvida, não teria podido ser atingido sem elas...
Se tais sugestões desaparecessem, a mentalidade geral rapidamente mudaria de orientação; é por isso que são escrupulosamente mantidas por todos aqueles que têm algum interesse em conservar a desordem, senão em agravá-la, e é também a razão pela qual, numa época em que se pretende submeter tudo á discussão, estas ideias são, desde há muito, as únicas que não é permitido discutir e só são abordadas a partir de pontos de vista parciais e conformistas."

René Guénon
in Hierarquia e Democracia, Hugin, 2001.

A Leste tudo de novo

Os Europeus e a História


«Um pouco de História divide os europeus, mas muita História os une.»

Drieu La Rochelle

domingo, 15 de novembro de 2009

Jornada de Convívio e Aventura

Entrevista com a "Comunità Solidarista Popoli"

Entrevista com Franco Nerozzi, correspondente de guerra e fundador da "Comunità Solidarista Popoli", regressado há pouco tempo da Birmânia.

Primeiro que tudo, pode falar-nos da Birmânia, país complexo e perigoso, e em especial do povo Karen?
A Birmânia é um país perigoso, sobretudo para os seus habitantes. Não falo dos birmaneses mas da outra metade da população, pertencente a diferentes etnias, que deseja obter uma certa autonomia em relação ao poder central. São povos verdadeiramente diferentes uns dos outros que foram forçados e reunidos numa colónia britância e que, desde a descolonização, aguardam a sua independência. Entre essas populações, encontra-se o povo Karen, principal minoria em número e importância. O tratado que deveria garantir a sua liberdade não é respeitado pelo governo birmanês. Desde então teve lugar uma guerra pela sobrevivência desse antigo povo cuja história remonta há 2700 anos.

Fale-nos da sua viagem e da missão que agora cumprida.
Cada missão em território Karen deixa-nos com um sentimento misto de alegria e tristeza. Foi este o caso. No fim desta missão, não podemos deixar de concluir que os nossos amigos Karen merecem todo o nosso apoio para continuar a sua luta pela liberdade. Eles são pobres, mal nutridos e mal armados. Apesar disso, sempre recusaram cair no tráfego de droga. Há por isso uma alegria em reencontrar esse povo que vive na simplicidade. Isso dá-nos uma lição de ética. Há também a tristeza de ver que nada é feito para ajudar estas centenas de milhares pessoas que se escondem na selva para fugir à repressão de Rangoon. A atenção internacional é dedicada unicamente às promessas de democracia ou ao caso de Aung San Suu Kyi. A luta das etnias não interessa a ninguém.


Como se passam as actividades militares, para-militares e sanitárias no território?
Nos últimos anos assistimos ao avanço progressivo das tropas birmaneses e dos seus cães de guarda, as milícias da DKBA [Karens colaboracionistas]. Dezenas e dezenas de aldeias foram atacadas, incendiadas ou ocupadas pelos soldados. Tudo isto foi acompanhado de violência e violações. Mais do que operações militares, podem classificar-se como actos de banditismo. O exército Karen adoptou uma táctica de guerrilha, abandonando pouco a pouco o terreno para tentar preservar os homens. Incomodam o exército birmanês através de operações rápidas e desaparecem novamente na selva. Essa táctica teve bons resultados. Nos últimos meses, a relação entre os mortos do exército Karen e dos seus adversários é de 1 para 60, a favor dos insurgentes. As nossas actividades sofreram com essa tensão constante. As zonas onde funcionavam as nossas clínicas encontram-se agora em mãos birmanesas. As nossas equipas são agora móveis e seguem os Karens com o seu material e medicamentos. Podem assim cuidar das populações que encontram pelo caminho. Uma clínica trabalha ainda em pleno na zona de Mutraw, mas encontra-se muito perto da zona birmanesa. Não sei até quanto continuará a funcionar.

Quais são as necessidades da população? Como é possível ajudar?
A recente ofensiva do exército birmanês provocou o êxodo de cerca de 7 000 pessoas que se juntaram às 500 000 que já foram forçadas a abandonar as suas aldeias. Essas gentes refugiaram-se provisoriamente sob a protecção dos guerrilheiros. Vivem em campos com cobertas de plástico em jeito de tecto, para se poderem proteger da abundante precipitação, e sofrem de má nutrição. A verdadeira urgência é por isso comprar arroz, óleo e sal. A "Comunità Solidarista Popoli" e a associação "L'Uomo Libero" procuram neste momento recolher fundos suficientes para acudir a essa grave situação. Alimentar alguém por um mês, nestas condições, custa cerca de 8 euros. Assim, com cerca de 100 euros, podemos alimentar um refugiado Karen por um ano, sem contar com suplementos de ferro ou vitaminas.

Os povos ocidentais estão ao corrente do que se passa mas persistem em olhar para o lado. Porquê?
Os povos ocidentais ouvem apenas as sirenes do consumismo e estão um pouco "distraídos". Os seus governos obedecem à lógica mundialista. O sofrimento humano não entra nos parâmetros dessa lógica. O peso do povo Karen é insignificante para eles, já que não tem qualquer valor comercial. Existem dezenas de situações semelhantes em todo o mundo. Falo frequentemente no exemplo do Kosovo. A Europa viu-se a impor uma guerra que favoreceu a criação de um Estado mafioso, favorecendo o tráfico de droga e recebendo ordens de Washington.


Do vosso ponto de vista, será possível encontrar um dia uma resolução pacífica para este conflito?
Prever o que acontecerá na Birmânia é difícil. Existem muitos intervenientes implicados nesta situação. Que fará a China no futuro, país que é actualmente o principal patrocinador de Rangoon? Que farão as multinacionais (sobretudo a Chevron e a Total) que pilham os recursos do país e financiam os generais? Que farão os países que vendem armas e fornecem instrutores militares como Israel, Austrália, Singapura ou Índia? E os Estados Unidos, que já perceberam que as sanções sobre Rangoon não são uma boa estratégia sobretudo quando se trata de investir no país? Pessoalmente, acredito que no futuro assistiremos a uma erupção democrática no país, mas apenas na condição de os investidores terem garantias suficientes para apoiar o projecto. Não estou certo se mudará grande coisa para as etnias minoritárias, que continuarão a ser um fardo embaraçoso para os responsáveis do país.

E quem estiver interessado em ajudar, o que poderá fazer?

Para nos contactar, o mais simples é usarem o nosso endereço electrónico [info@comunitapopoli.]. Temos necessidade de doações. Se alguem quiser organizar uma recolha de fundos através de outras actividades, ficaremos bastante reconhecidos. Devo precisar que nenhum membro da associação Popoli recebe dinheiro e que 100% das doações são encaminhadas para os Karen.

Algumas palavras em jeito de conclusão...
Como disse, os Karens têm numerosas necessidades. Procuramos ajudar um grupo de gente que fez a escolha de lutar pela sua liberdade sem compromissos. Somos claros, se os Karens tivessem escolhido a via do tráfico de droga, não teriam necessidade da nossa ajuda. Se renunciassem à sua dignidade, não precisariam de nós. Se tivessem escolhido a via da emigração para países ricos, não teriam necessidade de nós. Eles escolheram bater-se para sobreviver enquanto povo. É por isso que os ajudamos e que precisamos do vosso apoio.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

«A civilização material nem sequer é civilização«


"Em si mesma, a civilização material nem sequer é civilização, mas simplesmente aperfeiçoamento. Melhoram as condições em que os homens vivem; os homens podem
melhorar ou não. É sabido por todos os sociologos que as condições climaticas extremamente benevolas tendem a estorvar o progresso e a civilização do povo sujeito a ellas, porisso mesmo que não suscitam opposição, fazendo viver a vontade, não dificultam a vida, dispertando a emoção, não criam problemas de vida, acordando a intelligencia."

Fernando Pessoa

Caixa de Pandora

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Guerra pela humanidade


"A noção de inimigo da humanidade é efectivamente uma contradição nos termos dado que, por definição, a humanidade não pode ter inimigos entre os humanos. É por causa disso que as guerras em nome da humanidade resultam indubitavelmente na negação da qualidade de ser humano ao inimigo: bater-se em nome da humanidade leva necessariamente a pôr os seus inimigos fora da humanidade. Ora, contra aquele que foi posto fora da humanidade, tudo se torna permitido. Desde logo, o inimigo desta não é mais um simples adversário do momento, que poderia de igual forma transformar-se amanhã em aliado, mas uma figura do Mal, um «inimigo do género humano», um criminoso a punir, podendo ser empregues todos os meios que permitam subjugá-lo. (...) Combater em nome da humanidade significa, de facto, colocarmo-nos em posição de decretar quem é humano e quem não o é. Tal é o paradoxo: todo o discurso que pretende apagar as fronteiras entre os homens para estender a noção de «nós» à totalidade da espécie humana resulta na recriação, no próprio seio da humanidade, de uma linha de fractura e de exclusão mais radical do que as outras. «Com efeito não é senão com o homem entendido como humanidade absoluta que surge o inverso desse mesmo conceito, o seu novo inimigo específico, o homem inumano (Unmensch)» escreve Schmitt. A guerra em nome da moral é pois o exemplo acabado da guerra mais inumana. O universalismo abstracto faz dos adversários inimigos absolutos e transforma as guerras «humanitárias» em guerras de extermínio."

Alain de Benoist
in «Guerra Justa, Terrorismo, Estado de Urgência e Nomos da Terra - A actualidade de Carl Schmitt», Antagonista (2009).

Do Portugal Profundo

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Nós somos o Lobo


«Se as grandes massas fossem tão transparentes, tão bem articuladas nos seus átomos, como o declara a Propaganda, precisar-se-ia tanto de Polícia como um pastor de cães para conduzir o seu rebanho. Não é este o caso, porque há lobos, que se ocultam nos rebanhos cinzentos, quer dizer: naturezas que ainda sabem o que é a liberdade. E estes lobos não são apenas vigorosos em si mesmos, como também pode dar-se o perigo de as suas virtudes, numa bela manhã, se comunicarem às massas, transformando-se então o rebanho em matilha. Isto é o pesadelo dos detentores do poder.»

Ernst Jünger
in "O Passo da Floresta", Cotovia, 1995.

Festa dos Povos


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ditadura do Número


"A ditadura parlamentar é impessoal, irresponsável, contraditória, cega. Quem a exerce é o Número, mas este não tem nome. A responsabilidade de uma assembleia é a irresponsabilidade dos indivíduos, por isso as obras das ditaduras parlamentares não admitem sanção. As opiniões da multidão, são flutuantes, quase instintivas, momentâneas — donde a ondulação dos seus actos. Formada de elementos heterogéneos, uma assembleia não pode ter um fim uno. A acção do governo quer-se centralizada, e o órgão que a exercer quer-se simplificado."

Alfredo Pimenta
in «Novos Estudos Filosóficos e Críticos».

Europa desperta!

Disciplina


"Jovem, não tenho atractivos e amo a austeridade. Quando um homem abraça as minhas doutrinas, resigna-se a afastar da sua mesa tudo o que teve vida, renuncia ao vinho e nunca mais se expõe a deteriorar o puro licor da sabedoria, que é o que se concede ao que se abstém do vinho; procura não usar vestimentas feitas de lã ou de pêlo de animais; os seus sapatos são feitos de fibra e dorme onde calha. E se for sensível aos deleites, trago-lhe a justiça que segue os passos da sabedoria, para resgatá-lo e corrigi-lo. Na verdade, sou tão rigoroso com aqueles que adoptam os meus preceitos que mesmo nas suas línguas ponho um ferrolho. No entanto, se quiseres suportar uma vida semelhante, quererás saber o que irás ganhar com isso. Ganharás ser temperado e justo, não achar ninguém digno de inveja, ser estimado em alguma coisa pelos tiranos em vez de ser escravizado e tornar-te, evidentemente, mais agradável aos deuses oferecendo-lhes módicos sacrifícios, sendo muito mais abençoado do que aqueles que lhes apresentam o sangue dos touros. Se fores puro, conceder-te-ei a ciência do porvir, encherei os teus olhos de luz a ponto de poderes reconhecer um deus, distinguir os heróis e dissipar os fantasmas nebulosos que adquirem formas humanas."

Apolónio de Tiana

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Area 19

God bless America


"A informatização das empresas americanas promoveu a hemorragia de postos de trabalho e de sectores inteiros de actividade que se mudaram para lugares remotos, bem como a «deslocalização» de departamentos inteiros para outros países. Os rendimentos decrescentes adicionais associados à vitória retalhista nacional foram a destruição maciça das comunidades americanas, incluindo o hardware das localidades e o software dos papéis sociais e redes a elas associados. Os computadores limitaram-se a ajudar as empresas predadoras a parasitarem mais eficazmente os valores existentes nas localidades vitimizadas. Foram extremamente bem-sucedidos na tarefa de sugar a alma de comunidades complexas. Ajudaram a «converter» a complexidade em simplicidade (um enorme estabelecimento em lugar de vinte e sete pequenas empresas locais) e a aumentar a entropia da sociedade."

James Howard Kunstler
in "O Fim do Petróleo - O Grande Desafio do Século XXI", Bizâncio, 2006.

domingo, 8 de novembro de 2009

sábado, 7 de novembro de 2009

Pensamento autorizado


«Fora do arco ideológico autorizado, definido pelo território do velho humanismo igualitário e pelos dogmas da filosofia dos direitos humanos, nenhuma teoria política ou económica atrai a atenção dos meios de comunicação. Os mais brilhantes espíritos vêem-se obrigados a mutilar o seu pensamento para agradar, não à "opinião pública" que não existe, mas sim aos censores da ideologia ocidental oficial.»

Guillaume Faye
in "El Vacío Intelectual".

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Uma casa portuguesa


«A beleza fundamental do aspecto exterior duma casa está nas suas proporções; estas, porém, não se estabelecem por meio de tabelas; é indispensável uma educação especial do sentido da vista para se poder proporcionar com harmonia e nobreza. No entanto, dum modo geral se pode afirmar que está actualmente incutido entre nós um gosto desnatural, uma noção falsa de elegância, a qual se julga ser exclusivamente atributo das coisas altas e estreitas; como se vãos, pilastras, painéis, esteios, — tudo tivesse para ser elegante.
É um vício de sentimento cuja origem facilmente se descobre.
É que desde que há decadência do sentimento artístico, todas as vezes que se pretende fazer obra imponente, antolha-se-nos grandeza das coisas passadas; quando há compreensão grosseira da arquitectura, julga-se ganhar imponência pelo simples aumento das dimensões.»

Raúl Lino
in «A Nossa Casa».

Reunir e resistir: 3.º encontro da Synthèse Nationale


"Reunir e resistir" é o tema das terceiras jornadas da Synthèse Nationale, organizadas por ocasião do terceiro aniversário da revista, que decorrerão em Paris no próximo dia 11 de Novembro. Neste grande encontro nacional e identitário estarão presentes representantes de vários partidos, associações, organizações e publicações, de toda a França e de vários países europeus, incluindo pela primeira vez Portugal.

A lista de participantes confirmados até agora é:

- Franck Abed, escritor, presidente de Génération FA8
- Gabriele Adinolfi, escritor e jornalista (Roma)
- Josep Anglada, presidente da Plataforma per Catalunya (Barcelona)
- Francis Bergeron, escritor
- Olivier Bonnet, instigador de La Desouchière
- Duarte Branquinho, presidente da Terra e Povo (Lisboa)
- Pierre Descaves, antigo deputado, presidente de France Résistance
- Hilde De Lobel, Vlaams Belang (Antuérpia)
- André Gandillon, chefe de redacção de Militant
- Roland Hélie, director da Synthèse Nationale
- Anne Kling, escritora
- Carl Lang, President do Parti de la France
- Jean-Gilles Malliarakis, editor
- Annick Martin, secretária-geral do MNR
- Frédéric Pichon, presidente de Europae Gentes
- Philippe Randa, escritor e editor
- Enrique Ravello, director do Identidad (Madrid)
- Marc Rousset, escritor
- Jean-Claude Rolinat, escritor e jornalista
- Robert Spieler, delegado geral da Nouvelle Droite Populaire
- Nicolas Tandler, escritor e jornalista
- Alberto Torresano, redactor do Identidad (Madrid)
- Pierre Vial, presidente da Terre et Peuple
- Judith Wolter, presidente do grupo Pro Köln no conselho municipal de Colónia

Entre outros...


11h00: abertura das portas, visita dos stands.
11h30/12h30: 1.ª mesa redonda com representantes da imprensa e do mundo associativo.
12 h30/14h00: restauração rápida no local.
14 h00/15h00: 2.ª mesa redonda sobre a necessária reconquista cultural.
15 h15/16h15: intervenções dos convidados europeus.
16h00: imprensa
16h30/18h00: "Reunir e resistir" com Annick Martin, Pierre Vial, Carl Lang, Robert Spieler e Roland Hélie.
18h00/18h30: a Synthèse Nationale oferece um aperitivo gigante aos participantes

Os colaboradores da revista, Lionel Baland, François Ferrier, Pieter Kerstens, Patrick Parment, Vincent Valois... estarão presentes. Numerosos stands de livrarias, revistas, associações, movimentos e blogues estão previstos.

Entrada: €10.

Folheto para imprimir.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sim ou não?


"A única solução que vos resta é a que vos propõe a santa: tornai-vos vós próprios novamente crianças, reencontrai o espírito da infância. Porque está a chegar a hora em que as perguntas que vos serão feitas de todos os pontos da terra serão tão prementes e tão simples que só lhes podereis responder com «sim» ou «não». A sociedade em que viveis parece mais complexa do que as outras porque ela se excede a complicar os problemas, ou pelo menos a apresentá-los de cem maneiras diferentes, o que lhe permite ir inventando soluções provisórias que apresenta naturalmente como definitivas."

Georges Bernanos
in "Os grandes cemitérios sob a Lua", Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1988.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

No parar hasta conquistar!



Ramiro Ledesma Ramos


"O efeito imediato e incontornável do Estado liberal-parlamentar foi a entrega, a todos os grupos e partidos políticos, da tarefa de marcar a «cada hora» o rumo a seguir; e fazer do Estado e da vida nacional uma ferramenta transitória, sem fidelidade essencial a nada, deu origem a todas as misérias políticas, todas as lutas vergonhosas, todos os injuriosos atropelos sobre o corpo e a alma do génio nacional que podem seguir-se facilmente em qualquer período de qualquer povo em que tenha tomado forma um Estado liberal-parlamentar."

Ramiro Ledesma Ramos
in "Ideas sobre el Estado", Acción Española, 1933.

O Condestável na Universidade Lusíada


No próximo dia 6 de Novembro decorrerá na Universidade Lusíada de Lisboa um grande evento inteiramente dedicado ao Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira, que incluirá uma exposição da artista plástica Gabriela Marques da Costa, o lançamento do livro "Nuno Álvares Pereira - Homem, Herói e Santo" e do mais recente trabalho de José Campos e Sousa, o CD "São Nuno de Santa Maria - Por Portugal - e mais nada!". A não perder.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Reencontrar a Tradição


«Os homens só existem pelo que os distingue: clã, linhagem, história, cultura, tradição. Não há uma resposta universal às questões da existência e do comportamento. Cada povo dá as suas respostas, sem as quais os indivíduos, homens ou mulheres, privados de identidade e de modelos, são precipitados numa perturbação sem fundo. Como as plantas, os homens não podem prencindir de raízes. Mas as suas raízes não são apenas as da hereditariedade, às quais se pode ser infiel; são também as do espírito, isto é, da tradição que cabe a cada qual reencontrar.»

Dominique Venner
in "O Século de 1914. Utopias, Guerras e Revoluções na Europa do Século XX", Civilização Editora (2009).

Roman von Sternberg-Ungern, o Barão livre


O Barão Roman Nickolai Maximilian von Ungern-Sternberg (1886 - 1921), de família oriunda da aristocracia alemã radicada no Báltico, foi uma das figuras mais enigmáticas e fascinantes do século XX: Militar do Exército Imperial Russo, condecorado com a Cruz de São Jorge, lutou ao lado das forças 'brancas' na guerra civil que se seguiu ao triunfo da revolução bolchevique. Vencido mas não convencido, um autêntico «monge-guerreiro-sonhador», este inconformista essencial dirigiu-se então para Oriente, em direcção à Mongólia, de que fez uma base e onde começou a organizar um exército heteróclito, formado por tribos mongóis, chineses, russos brancos e alguns voluntários ocidentais sob um único lema: «Morte aos Vermelhos!».

Invocando um sincretismo original entre o criatianismo ortodoxo, o Budismo e as crenças dos mongóis, von Ungern-Sterberg acabou por criar uma singular doutrina sobre o Karma e o destino da Humanidade. O seu objectivo de visionário era a constituição de um poderoso Império Asiático para combater aquilo que ele considerava ser a grande degradação do final do Ciclo: a revolução bolchevique. A aventura terminou quando um ataque prematuro do seu exército foi destroçado pela cavalaria comunista deixando depois o nosso Barão nas mãos do inimigo. O seu fuzilamento veio, tão só, coroar a sua fantástica vocação para o combate, para o sofrimento e para a violência, que nele tinham já eliminado qualquer traço de humanidade, de sentimento ou de racionalidade assumida. E foi assim que tombou, absolutamente livre.

VL

Roman von Sternberg-Ungern, o Barão livre (vídeo)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009