domingo, 31 de maio de 2009

Os homens entre si

"Com os clubes e as «sociedades secretas», afirma Lionel Tiger, «os homens fazm a corte aos homens». As grandes confrarias profissionais, as corporações estudantis, as ordens, as sociedades secretas são meios de reforçar (e de exaltar) o vínculo intermasculino. Seja no colégio ou no exército, as «cerimónias de iniciação», por vezes bizarras e mesmo cruéis, evoam os ritos de passagem da puberdade (com a transposição que se impõe: é-se«adulto» quando se detémo conhecimento ou o poder) e apertam os laços entre «iniciados». Os clubes femininos, pelo contrário soçobram regularmente na desordem e nos mexericos.
(...) Tiger lembra que o homem, em relação à mulher, é ao mesmo tempo mais racional e mais irrazoável. O homem sabe que se lança por vezes em aventuras sem esperança, que enfrenta desafios extravagantes. Mas ele pensa que não deve «dar o braço a torcer». Esta concepção do sacrifício inútil decorre directamente de uma ética de honra. A mulher, ela, vê as coisas de outro modo. Ela reprova ao homem o seu «orgulho». Ela acusa-o de correr atrás de «quimeras», e de negligenciar as suas responsabilidades familiares. Para ela, nunca se dá o braço a torcer quando se é «razoável».
No fim de contas, o homem é sempre uma criança. Os alemães têm uma palavra para isto: Das Kind im Manne — a criança que, no homem feito, é a memória viva de um passado sempre destinado e inspirar o futuro.
Montherlant dizia que «um homem sem criancices é um monstro horrível». Nietzche, ao contrário, propunha «pôr na acção a seriedade que a criança põe no jogo» — quer dizer, precisamente, consideraras coisas sérias como um jogo. Daí, no homem, essa nostalgia dos lugares de infância e dos amores adolescentes — dos quais Jules Romains pode dizer que são uma mistura de angelitude e de obscenidade.
As sociedades que acentuam a segurança, o conforto, às quais repugna o risco, são sociedades em que os valores masculinos estão em declínio. «Faça amor, não a guerra» é um slogan feminino que se traduz por: «Façam-nos amor, não façam guerra entre vocês».
O homem nunca acaba, como nos tempos da sua infância, de ir aos ninhos de pássaros. Não tanto pelos ninhos, aliás, mas para trepar ao alto das árvores. Ele quer sempre ir mais longe, mais depressa, mais alto. Ele tem prazer na competição, ele admira os records. A mulher pergunta «para que é que isso serve». É por isso que cabe à mulher preservar o que o homem adquiriu. A sociedade mantém-se assim — e renova-se eternamente.»

Alain de Benoist
in "Nova Direita Nova Cultura – Antologia crítica das ideias contemporâneas", Lisboa, Fernando Ribeiro de Mello/Edições Afrodite, 1981

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Uma Comunidade sem alma e sem força

«A Comunidade Europeia que nos preparam os partidos colocados no seu lugar pelos Aliados em 1945 reproduzirá todas as taras dos regimes de sufrágio. Será portanto uma Europa democrática, isto é, uma Europa dos políticos, enfeudada aos trusts e aos monopólios, alimentada com mitos e confusões elaborados em 1945, incapaz de se defender contras as infiltrações e a subversão (...), venal e desonesta porque estará fundada no mecanismo eleitoral, impotente contra a invasão estrangeira, vestida de ideologias antiquadas como o antifascismo, imprópria por todas estas razões para proteger e, ainda menos, manifestar a sua independência, tão inviável como era a Polónia do século XVII, e exposta aos mesmos perigos.
Além disso “avançada”, isto é, frouxa, hipnotizada pelos estoira-vergas que se proclamam mais avançados que ela, sem defesa contra os terroristas e os separatistas, espantados com a ideia de ser aquilo que convém ser quando se quer ter, em política, uma força. Por todas estas razões, a Comunidade europeia democrática conduz em si própria todas as causas de malogro e decadência, não conseguirá, pois, remediar as necessidades mais urgentes, organizar um exército que seja suficiente para tornar perigosa uma empresa contra o seu território e dotar-se de uma legislação que proteja eficazmente os seus interesses económicos.
Podemos, pois, estar seguros de que a “Comunidade” dos regimes sem alma e sem força será, ela própria, uma Comunidade sem alma e sem força. A Comunidade europeia democrática não produzirá qualquer milagre: não pode ser senão a das fraquezas dos Estados democráticos que a compõem.»

Maurice Bardèche

Rivarol, um incrível milagre

O jornal RIVAROL foi lançado em Janeiro de 1951 pelo grupo fundador da revista "Ecrits de Paris", ao qual se juntaram os jovens leões Antoine Blondin, Julien Guernec (François Brigneau) e Maurice Gaït. Como pode um semanário sem publicidade, excluído de subsídios públicos e perseguido pela Justiça pelo seu anti-conformismo e o seu culto da verdade, chegar ao século XXI, quando desapareceram tantos jornais políticos como o socialista "L'Unité" ou o "L'Evénement de jeudi", ou mesmo diários como o "Le Populaire", "Le Matin" ou "Paris-Jour"?

Sem dúvida graças à fidelidade de uma autêntica "dinastia" de leitores a um jornal que há mais de meio século se dedica à batalha contra a impostura, a desinformação, os grandes poderes, pela salvaguarda da memória. Cinquenta e cinco anos de revisionismo a 360 graus que não poupou unhas e dentes a uma equipa (dirigida desde 1983 por Camille Galic) sempre renovada. E sempre temível aos olhos do partido da Anti-França, como testemunha a dúzia de processos lançados nos últimos anos pelo Mrap, LICRA, Liga dos Direitos do Homem e outros lóbis, na tentativa declarada de arruinar este jornal e fazê-lo desaparecer.

Apesar dos processos, sequestros, atentados, incêndios, o RIVAROL resistiu e há quinze anos vê crescer o número de leitores, seja através de venda directa em quiosques ou por subscrições, tudo isto numa época em que a imprensa escrita não pára de perder terreno face a outros meios de informação. Ainda mais impressionante é o facto de o número de leitores não aumentar apenas em França, mas também no estrangeiro, em países não francófonos.

Da Austrália à Finlândia, o RIVAROL é comprado, lido e apreciado. Graças à sua linha polémica, mas também à seriedade informativa, aos desenhos de Chard (os mais mordazes e perseguidos da imprensa ocidental), aos editoriais, às crónicas de Claude Lorne, P.-L.Moudenc e Patrick Laurent, Pierre Vial e Franck Nicolle, aos artigos de Jérome Bourbon, Jean-Paul Angelelli, Grégoire Duhamel, François-Xavier Rochette, Laurent Blancy, Pierre-Patrice Belesta, Petrus Agricola, René Blanc o Jim Reeves que descrevem com devastadora ironia os bastidores da actualidade.

Bem-vindos ao clube dos mal-pensantes orgulhosos de o ser!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

O fim da macacada

A Revolução de 28 de Maio de 1926, Golpe de 28 de Maio de 1926 ou Movimento do 28 de Maio, também conhecida por Revolução Nacional, foi um pronunciamento militar de cariz nacionalista e anti-parlamentar que pôs termo à Primeira República Portuguesa, levando à implantação da auto-denominada Ditadura Nacional, depois transformada, após a aprovação da Constituição de 1933, em Estado Novo, regime que se manteve no poder em Portugal até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974. De vulgar golpe militar, o movimento iniciado a 28 de Maio transformou-se numa vastíssima coligação de republicanos conservadores, monárquicos e nacionalistas revolucionários com um núcleo de jovens oficiais, apoiado e aceite por todos os sectores sociais e pela esmagadora maioria dos portugueses A revolução começou em Braga, comandada pelo general Gomes da Costa, sendo seguida de imediato em outras cidades como Porto, Lisboa, Évora, Coimbra e Santarém. Consumado o triunfo do movimento, a 6 de Junho de 1926, na Avenida da Liberdade em Lisboa, Gomes da Costa desfilou à frente de 15 mil homens, sendo aclamado pelo povo da capital.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Futuristas!

"É um movimento essencialmente Europeu. A construção do caminho geral e elucidativo do particular de cada colectividade, da parte da Terra que é a cabeça da Geografia.
Marinetti, da raça dos condottieri e essencialmente poeta, foi o seu genial iniciador, e bem pronto intervém decisivamente na política própria da sua colectividade.
Mas Marinetti quando inventou a palavra futurista não fazia afinal nada mais do que reagir violentamente, pelos mesmos processos, contra os movimentos sociais dos povos nórdicos em evidente supremacia sobre os meridionais. De modo que a reacção provocada por Marinetti teve como resultado esplêndido a generalização dum movimento que se estava localizando apenas no Norte da Europa: Quando vencem os comunistas na Rússia surgem simultaneamente os fascistas na Itália. E as outras colectividades da Europa também procuram a expressão política que lhes seja própria, privativa e actual.
A impressão desagradável que provoca nalguns a palavra futurismo é como os petizes que fogem de casa pela primeira vez e aos dez metros já têm medo de não saberem voltar para casa!
Há um verbo grego antigo arkhein que quer dizer o sentido de chegar primeiro. Desse verbo vem a palavra arcaico que quer dizer antigo; em grego, o que veio primeiro. Pensemos naquele dia em que, o que hoje é antigo chegou cá a este mundo pela primeira vez. Nesse dia o antigo era futurista. Pois em grego o sentido d'antigo é precisamente aquele que faz hoje rir na palavra futurista.
O mundo não é novo nem velho. Se não houvesse confusões, se houvesse a coragem para não fazer confusões, o mundo seria apenas antigo. Ser antigo é o direito de recordar. E saber recordar é o único que nos distingue dos outros animais. Bem o sabe o povo que ignora a palavra inteligência e em troca conhece a palavra memória. daqueles que o povo admira diz que têm muito boa memória.
Todos sabemos o que significa actualmente a palavra arcaico: o que já não se usa. Mas o que já não se usa é apenas o feitio que tinha da primeira vez que apareceu. Tirando o feitio tudo o mais continua igual. Arcaico hoje significa o contrário do que queria dizer em grego."

Almada Negreiros
in "Manifestos e Conferências".

segunda-feira, 25 de maio de 2009

III Jornadas de Orientação e Sobrevivência

A associação recreativa espanhola Edenia convida todos os interessados a participar nas III Jornadas de Orientação e Sobrevivência, cuja primeira fase se realiza nos arredores de Madrid durante os próximos dias 26, 27 e 28 de Junho.

A conquista da Felicidade

«O mundo pagão era duro, mas havia nele um princípio de receosa submissão às forças da natureza, às suas Leis, ao Destino. A esperança cristã fez-lhe rebentar as severas fundações. Para triunfar das velhas muralhas não bastam algumas flores silvestres, medrando as suas raízes em cada fissura, com a humidade da terra? E eis que a Esperança, desviada dos seus fins sobrenaturais, lança o homem à conquista da Felicidade, enche a nossa espécie de uma coisa parecida com orgulho colectivo que tornará o seu coração mais duro do que o aço das suas máquinas.»

Georges Bernanos
in "Os grandes cemitérios sob a Lua", Edição «Livros do Brasil», Lisboa, 1988.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Pelas estradas da Europa

A Linguagem Proibida

«O discurso do Ocidente está intimidado porque depois da derrota da Alemanha nacional-socialista houve todo um vocabulário que foi proibido, por parte dos vencedores, e porque, por causa disso, a sua utilização culpabiliza. Ora, este vocabulário nunca foi mais do que um revestimento. Nem culpado, nem inocente. Um revestimento, nada mais (como é a própria palavra democracia, porque o conteúdo não é o mesmo em Praga ou em Paris). Assistimos então a isto: Esse vocabulário aterrorizado e maldito deixou de ser utilizado, mas as contorções às quais nos sujeitamos para o eliminar do nosso discurso, através de traduções afrouxadas deixam as suas consequências, porque acabamos por pensar de forma não menos frouxa. E o revestimento apodrece o conteúdo (…). O resultado é claro: tornamo-nos as "princesas" aterrorizadas e sodomizadas da linguagem, e, consequentemente, da acção.»

Jean Cau
in "Réflexions dures sur une époque molle", Les Éditions de La Table Ronde, p.63-64

Como Proudhon se revoltava contra a democracia

«Proudhon revoltou-se contra a Declaração dos Direitos do Homem, porque fazia do mesmo homem apenas um animal político, a quem só direitos políticos eram reconhecidos, esquecendo que o homem também trabalha para se alimentar, e que há uma justiça social a realizar. Numa palavra, a democracia divinizou o indivíduo mas esqueceu a pessoa humana. O socialismo divinizou o produtor e o consumidor, mas esqueceu o homem. Eia porque nós nos revoltamos contra o socialismo, como Proudhon se revoltava contra a democracia.»

Augusto da Costa
in "Crespúsculo dos Deuses", Lisboa, 1933.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Entrevista a Alain de Benoist (3/3)

(Última parte de uma entrevista original do blogue Dissonance)

É tido como uma referência da geopolítica, nomeadamente junto do movimento eurasiático de Aleksandr Dugin, que é bastante elogioso a seu respeito. Podemos falar disso? O que pensa que as teorias Eurasiáticas podem trazer à Europa e a França?

Tenho grande amizade e admiração por Aleksandr Dugin, pela sua cultura, a sua coragem, a sua capacidade de trabalho, a amplitude da sua obra e a grande continuidade dos seus esforços. Deve-se-lhe a actualização do pensamento dos primeiros teóricos eurasiáticos e de ter demonstrado a actualidade dessa linha de pensamento. Soube também confrontar, para fazer uma síntese sugestiva, acervos ideológicos por vezes diferentes. Deu à geopolítica uma dimensão espiritual que lhe faltava. Sigo o seu trabalho com muita atenção. Quanto às teorias eurasiáticas, podem trazer muito, não só à Europa e à França, mas também aos habitantes de outros continentes, se considerarmos que para além da Eurásia geográfica, permite encarar um novo "Nomos da Terra" constituído segundo a ideia de diversidade, autonomia dos povos, democracia participativa e primazia dos valores não comerciais.

Para os franceses e europeus, as grandes preocupações do futuro são a plausível liderança económica da China e a explosão demográfica das populações muçulmanas, nomeadamente no interior da Europa. De que forma analisa a (in)compatibilidade destes elementos?
A China foi obviamente chamada a desempenhar um papel de primeiro plano no século XXI, mas é demasiado cedo para dizer que exercerá uma verdadeira "liderança económica". A China inscreve tradicionalmente a sua acção num quadro a longo prazo. O seu modelo não está isento de contradições, e deverá debater-se com numerosas dificuldades interiores (não serão apenas as disparidades entre as suas regiões e os seus meios sociais). No plano geoestratégico, espero ver a China associada ao continente euroasiático, mas ignoro a sua tendência natural ao "auto centrismo". No que diz respeito aos Estados Unidos, parecem hesitar entre diversas atitudes possíveis. Quanto à explosão das populações muçulmanas, é um facto real, mas que não deve ser sobrevalorizado. Na Europa, no espaço de uma ou duas gerações, os imigrantes adoptam os comportamentos demográficos locais. À excepção da África negra e da zona indo-paquistanesa, o crescimento demográfico tem vindo a abrandar um pouco por toda a parte. O verdadeiro problema está relacionado com a baixa natalidade dos países europeus, que cria uma baixa de pressão e se traduz por um envelhecimento da população.

Foi, durante muito tempo, uma das pontas-de-lança do GRECE. Que é feito do grupo actualmente?
O Grupo de Pesquisa e Estudos para a Civilização Europeia (GRECE) é uma associação cultural criada em 1969. Participei regularmente nas suas actividades, mas nunca ocupei um cargo dirigente. A associação continua actualmente o seu trabalho, em ligação com diversas universidades e intelectuais europeus.

Questão de ficção científica: como imagina o futuro do continente (Europa e Rússia) em... digamos, 2020?
Não é a minha tarefa prever o futuro, e não tenho imaginação para especular onde estarão a Europa e a Rússia em 2020. A história está sempre aberta, o que não significa que tudo seja possível. Naturalmente, é possível fazer cenários, mas a dificuldade começa quando queremos atribuir-lhes um coeficiente de probabilidade.

No último 24 de Março, registou-se o aniversário dos bombardeamentos de 1999 sobre a Sérvia. Há um ano, o Kosovo "tornou-se" um Estado independente. O que tem a dizer sobre estes acontecimentos? Qual é, a seu ver, o futuro do Kosovo?
O aniversário dos bombardeamentos de 1999 sobre a Sérvia desperta em mim a lembrança de uma grande cólera e de uma terrível humilhação. Cólera diante do dilúvio de contra-verdades e de mensagens difamatórias que então foram transmitidas pela imprensa ocidental contra o povo sérvio, humilhação de ter assistido ao primeiro bombardeamento de uma capital europeia pelos americanos desde o fim da última Guerra Mundial. A Europa revelou nessa ocasião uma triste verdade: impotente, quase paralisada, sem qualquer consciência dos desafios globais, objecto da história dos outros em vez de sujeito da sua própria história. Quanto ao Kosovo, observo que a sua proclamação de independência foi apoiada pelas mesmas potências que se recusaram a reconhecer a independência da Abkhazia ou da Ossétia do Sul: a Geórgia teve direito ao respeito da sua "integridade territorial", enquanto a Sérvia não teve esse direito. Isso dá uma ideia da lógica que prevalece actualmente na diplomacia internacional. Por agora, o Kosovo parece-me ser o primeiro Estado mafioso da História. Duvido que o seu futuro seja particularmente brilhante.

Poderia aconselhar-nos cinco obras essenciais, e cinco sítios ou blogues a consultar?
Não me sinto muito à vontade no universo dos blogues para recomendar aqueles que serão os melhores. Da mesma forma, sinto-me incapaz de enumerar "cinco obras-chave a ler". Quanto a obras-chave, há pelo menos várias centenas! Recomendo apenas a leitura de obras que ajudem a compreender o momento histórico que vivemos, e por outro lado os grandes clássicos do pensamento político e geopolítico cujos ensinamentos podem ainda ter valor actualmente, de Maquiavel, Hobbes e Rousseau até Max Weber e Carl Schmitt. Por último, sem dúvida por inclinação pessoal, diria que a compreensão das coisas supõe um mínimo de conhecimento filosófico. Heidegger, para dar um exemplo, desempenhou na minha formação um papel que ainda hoje subsiste.

0% Racisme 100% Identité

domingo, 17 de maio de 2009

Elites ideológicas

«Que podem fazer então as elites ideológicas? Influenciar os modos de pensamento, como entendeu Antonio Gramsci, e preparar o caminho de uma nova ideologia ou de uma nova fórmula política triunfante, mobilizadora, capaz de derrubar a fórmula da elite dirigente. Neste sentido, funcionariam em aliança com a contra-elite. Gramsci chamou a estes intelectuais afectos ao novo príncipe (novo poder) os intelectuais orgânicos, destinados a destruir as bases e fundamentos ideológicos de elites enraizadas, como seja a religiosa, a militar e a política. A sua função crítica é deletéria e é preciso que o seja nesta conjuntura. As sociedades burguesas encontram-se defendidas no plano intelectual por diversos mecanismos de justificação e o que é preciso e urgente é desmontá-los. Entre eles está o Direito, a Religião, o conceito de Família, de Escola, o Serviço Militar e assim por diante, como nos haveria de especificar o francês Althusser. O melhor será a infiltração e o uso dos meios de comunicação de massa para alterar a cultura. Se há uma teoria de mudança social e política muito coerente vinda dos marxistas reflexivos é sem dúvida esta: as trincheiras intelectuais das sociedades capitalistas têm de ser derrubadas pelos intelectuais orgânicos situados nos mais diversos meios de influência, nomeadamente os meios de comunicação de massa, os quartéis, as universidades, as igrejas.»

António Marques Bessa
in "Elites e Movimentos Sociais"

sábado, 16 de maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Força!

"Nós sabíamos que, através do universo, havia inúmeros jovens, que, com todas as suas diferenciações nacionais, se nos assemelhavam. Alguns dentre eles tinham sofrido a guerra em crianças, outros as revoluções nos seus países, todos a crise. Sabiam o que tinha sido a sua Nação, o seu passado, queriam agora acreditar no seu futuro. Viam brilhar, constantemente, diante deles a cintilação imperial. Queriam uma nação pura, uma raça pura. Gostavam de viver juntos nessas imensas reuniões de homens, onde os movimentos ritmados dos exércitos e das massas parecem as pulsações dum vasto coração. Não acreditavam nas promessas do liberalismo, na igualdade dos homens ou na vontade do povo, mas acreditavam, sim, que do investigador ao director de indústria, ao poeta, ao sábio, ao trabalhador manual, uma Nação é una, exactamente como é una uma equipa desportiva. Não acreditavam na justiça que se apoia nas palavras, mas na justiça que reina pela força. E sabiam que dessa força poderia nascer a alegria."

Robert Brasillach

Conferência CasaPound

Portugal: dos fascismos do início do século XX à actual direita radical

A Sociedade do Espectáculo

"O espectáculo é a ideologia por excelência, porque expõe e manifesta na sua plenitude a essência de qualquer sistema ideológico: o empobrecimento, a submissão e a negação da vida real. O espectáculo é, materialmente, «a expressão da separação e do afastamento entre o homem e o homem». O «novo poderio do embuste» que se concentrou aí tem a sua base nesta produção pela qual «com a massa dos objectos cresce... o novo domínio dos seres estranhos aos quais o homem está submetido». É o estádio supremo duma expansão que virou a necessidade contra a vida."

Guy Debord
in "A Sociedade do Espectáculo" (1967)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Entrevista a Alain de Benoist (2/3)

(Continuação da edição de uma entrevista original do blogue Dissonance)

Assistimos actualmente no mundo a uma espécie de renascimento de grandes espaços na Ásia (China, Índia), no mundo muçulmano (Turquia, União Pan-Africana), na Eurásia (Rússia), na América do Sul (Brasil, Venezuela). O corolário desse renascimento é o enfraquecimento do império Americano. Segundo este processo, quais as suas previsões para a próxima década? Pensa, como alguns, que existe um risco de "fuga para a frente" (deflagração de guerras) ou, pelo contrário, acha que estamos apenas no início de um processo quase inevitável: o mundo multipolar (caótico ou nem por isso)?
A grande questão passa, de facto, por saber se nos encaminhamos hoje para um mundo unipolar, dominado pela hiperpotência americana, ou para um mundo multipolar, um pluri-versum, articulado, como acabo de dizer, em torno de diversos blocos civilizacionais. Acredito, pessoalmente, que nos dirigimos, felizmente, para um mundo multipolar onde os países emergentes, como a Índia, a China e o Brasil, desempenharão um papel cada vez mais importante. Um tal mundo não será necessariamente instável, já que a ordem geral das coisas não será posta em causa. As leis da geopolítica determinam efectivamente as linhas de fractura e os desafios futuros. O grande conflito é o que opõe, estruturalmente por assim dizer, a potência do Mar (Estados Unidos) e a potência da Terra (o continente euroasiático). Nessa perspectiva, a Rússia desempenha um papel particular, porque corresponde àquilo a que os geopolíticos chamam de Heartland, ou seja, o coração do continente eurasiático.

Paradoxalmente a esse renascimento dos espaços, a Europa parece incapaz de se unir politicamente. As divergências parecem tão fortes que Aleksandr Dugin descreve-as no seu blogue como uma oposição entre a "velha Europa" (continental) e a "nova Europa" (atlantista). Qual a sua opinião?
A impotência da União Europeia não se explica unicamente pela oposição que descreve, apesar de ela ser bem real. Como partidário da construção europeia, não deixo de constatar que a Europa, desde o início, tem sido construída ao contrário da lógica. Tem dado permanentemente prioridade ao comércio e às finanças em vez da política e da cultura. Edificou-se sem legitimidade democrática - sem que algum povo tenha sido consultado - e a partir do alto (a Comissão de Bruxelas, que se autoproclama omnicompetente) em vez de se construir a partir da base, no respeito ao princípio da subsidiariedade (ou das competências suficientes). Em lugar de procurar aprofundar as suas estruturas políticas, preferiu alargar-se apressada e imprudentemente a países que estavam apenas preocupados em beneficiar da estabilidade monetária da União e em colocar-se sob o guarda-chuva americano, aderindo à NATO. Por fim, nunca esclareceu claramente quais os seus objectivos. Trata-se de fazer da Europa um grande mercado de fronteiras abertas, sucedendo-se a integração numa vasta zona de livre comércio euro-atlântico, ou pelo contrário, construir uma Europa-potência verdadeiramente autónoma, cujas fronteiras sejam rigorosamente determinadas pela geopolítica? É evidente que os dois modelos são totalmente opostos.

Têm soado apelos (de movimentos de extrema-esquerda e diversos intelectuais gaullistas) à integração da França na Organização para Cooperação de Xangai (organismo internacional de defesa composto essencialmente por países asiáticos). Na sua posição de crítico do regresso da França ao comando da NATO, que opinião tem sobre este tema?
Não tenho opinião formada sobre esse ponto. A NATO é uma organização defensiva criada no contexto da guerra fria. Não tem qualquer razão de existir após o desmoronamento do sistema soviético. Devia ter desaparecido ao mesmo tempo que o Pacto de Varsóvia. Em vez disso, essa organização totalmente controlada pelos EUA desenvolveu-se como uma espécie de clube ocidental americano-centrado, com capacidade de intervir em qualquer lugar do globo.
Nesse contexto, a decisão da França de reintegrar as estruturas da NATO, de onde o general De Gaulle a tinha feito sair em 1966, é mais do que uma falta: é ao mesmo tempo uma traição e um crime. Em todo o caso, a participação francesa na Organização para Cooperação de Xangai não é mais que uma hipótese teórica. A questão, neste caso, é saber se o grupo de Xangai tem uma vocação meramente regional, ou mais vasta. O meu desejo seria antes ver constituir-se, inicialmente pelo menos, uma organização europeia de defesa digna desse nome, e como tal, inteiramente independente da NATO. No entanto, neste momento, não é mais do que um desejo vago.

Numa época de crise financeira, todo o mundo diz que "pode ser" que a globalização liberal tenha "estourado", e que o modelo ocidental para a humanidade não é o "melhor". Do seu ponto de vista, "de onde" virão os novos modelos civilizacionais, filosóficos e económicos?
A crise financeira mundial deflagrada nos Estados Unidos no Outono de 2008 abriu sem dúvida os olhos a um certo número de pessoas. Mas essa crise, que está longe de terminada, não será provavelmente suficiente para fazer emergir um sistema alternativo. Os novos modelos surgirão quando o sistema actual estiver verdadeiramente no seu limite, sem que se possa saber especificamente quais as formas que daí surgirão. Ainda que as coisas se possam processar muito rapidamente, há ainda bastante por fazer para "descolonizar" os espíritos, tanto que os contemporâneos tomaram o hábito de viver num sistema da mercadoria, governado pela dialéctica da posse. Toda a modernidade foi tomada pela ideologia do progresso, os recursos naturais foram considerados ao mesmo tempo gratuitos e inesgotáveis, mesmo que não sejam nem uma coisa nem outra. A verdade é que um crescimento material infinito é impossível num mundo finito. Quando o compreenderem plenamente, poderão talvez sair da obsessão económica e dessa ideologia utilitarista que constitui um dos principais corolários do universalismo ocidental (o qual, como qualquer universalismo, não é mais do que um disfarce de etnocentrismo).

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Humanismo

«O humanismo nos seus desenvolvimentos tornou-se mais materialista e permitiu com uma inacreditável eficácia que os seus conceitos fossem utilizados primeiro pelo socialismo, depois pelo comunismo, de tal forma que Karl Marx pôde dizer, em 1844, que "o comunismo é um humanismo naturalizado". Está provado que esta classificação está longe de ser falsa. Vêem-se as mesmas pedras nas fundações de um humanismo alterado e de todo o tipo de socialismo: um materialismo sem freio, uma liberação no que diz respeito à religião e à responsabilidade religiosa, uma concentração dos espíritos sobre as estruturas sociais com uma abordagem supostamente científica. Não é por acaso que todas as promessas rectóricas do comunismo estão centradas no Homem, com um H maiúsculo, e na sua felicidade terrestre. À primeira vista, baseia-se numa aproximação vergonhosa: como haveria pontos de comuns entre o pensamento do Ocidente e do Leste hoje em dia? Essa é a lógica do desenvolvimento materialista.»

Alexandre Soljenitsyne
in "O Declínio da Coragem"

domingo, 10 de maio de 2009

Nas ruas!

Opstaan!

Opstaan: verbo neerlandês; levantar-se, erguer-se, pôr-se de pé.

A primeira década deste novo milénio está quase terminada e surgem já os desafios aos quais deveremos fazer frente nos próximos anos: desemprego maciço, desordem ecológica, imigração destravada, tensões étnicas locais e globais, mundialização sem limites. O mundo muda mas a juventude europeia, apesar de ameaçada, continua a encerrar-se no conforto consumista. Recusando encarar de frente a realidade, uma parte refugia-se em paraísos virtuais, entre drogas e videojogos...

Mas nós recusamos passar ao lado da História, deixar os outros decidirem o nosso futuro. Contra o programado desaparecimento dos povos europeus — e principalmente do povo flamengo — os jovens enraízados da Opstaan decidiram erguer-se e desfraldar o estandarte da memória e das raízes.

Opstaan!

sábado, 9 de maio de 2009

Todos os caminhos vão dar a Roma

C9M

No dia 7 de Maio de 1994, em França, o GUD (Grupo União e Defesa) e a JNR (Juventude Nacional-Revolucionária) organizavam uma manifestação com o objectivo de protestar contra a ostentação ultrajante das comemorações do desembarque americano do dia D. Era também a ocasião para apontar todas as mortes causadas durante os últimos 50 anos pelas guerras do imperialismo yankee.

Sébastien Deyzieu, jovem militante nacionalista francês de 22 anos, saiu de casa para participar nessa manifestação mas nunca regressou. Num episódio ainda por esclarecer, polícias à paisana perseguiram-no até aos telhados de um edifício do centro de Paris, de onde caiu em estranhas circunstâncias. Após dois dias de agonia, faleceu no hospital, tocando a consciência de muitos franceses e convertendo o dia 9 de Maio numa jornada de lembrança e luta para todos os patriotas gauleses.

Desde há 14 anos, todos os dias 9 de Maio, centenas de pessoas marcham por Paris em honra de Sébastien Deyzieu, depositando coroas de flores no lugar onde encontrou a morte e repelindo com bravura, como ocorreu em 2006, as agressões de quem se interpõe no caminho.

Entrevista a Alain de Benoist (1/3)

(Traduzido de uma entrevista original do blogue Dissonance)

Alain de Benoist, bom dia e obrigado por aceitar responder a estas questões. Pode sintetizar o seu percurso muito variado na cena intelectual e filosófica francesa?
Não se resume em algumas linhas um itinerário intelectual de meio século. Sou escritor, jornalista e também filósofo. Tenho bastante obra publicada, tanto em França como no estrangeiro. Dirijo igualmente duas revistas que criei, uma (Nouvelle Ecole) em 1968, a outra (Krisis) em 1988. Os meus domínios preferenciais são a história das ideias e a filosofia política. Não pertenço a qualquer partido ou movimento político, e não desejo pertencer a nenhum. Na época de transição que constitui o nosso actual horizonte, tento desempenhar da melhor forma possível o papel que todo o intelectual digno do seu nome deve assumir: compreender e fazer compreender melhor o mundo em que vivemos.

Qual é a sua opinião acerca do actual panorama políticoa francêsa? Thierry Meyssan afirmou recentemente numa entrevista que "Sarkozy não é de direita nem de esquerda, mas queria fazer como os yankees". Pensa que o futuro político das sociais-democracias europeias passa pelo modelo americano, do tipo "dois candidatos eleitos em primárias (ilusão de democracia) que defendem globalmente as mesmas ideias"?
Que os candidatos se apresentem às eleições sejam ou não designados previamente pelas «primárias», parece-me um detalhe completamente desprezável. A actual cena política francesa, como a maior parte das cenas políticas ocidentais, é uma cena pré-codificada. Isso significa que os únicos que têm possibilidade de aceder ao poder são aqueles de quem se sabe previamente não terem qualquer intenção de mudar (ou tentar mudar) os fundamentos de uma sociedade actualmente totalmente dominada pela ideologia comercial. Desse ponto de vista, não há hoje qualquer alternativa. A alternativa foi substituída pela alternância, tendo como consequência uma decepção permanente das massas populares, uma crise generalizada da representação e um fosso que não para de crescer entre o povo e a nova classe político-mediática.

Já que tem um grande conhecimento político, vou levantar o tema dos extremos no nosso país: tem-se frequentemente a impressão que a FN (Frente Nacional) não é mais do que um balão (para uma grande maioria de eleitores frustrados) constituído por "um grande vazio" (ausência de programa económico claro, tomadas de posição geopolítica contraditórias, incapacidade de gerir autarquias, etc.) mas mantida unida e em posição de força pelo seu presidente, Jean Marie Le Pen. Enquanto se desenham novas linhas políticas no interior do próprio movimento nacional (Soral apostando num soberanismo azul-branco-vermelho e no anti-sionismo, ou pelo contrário os identitários anti-jacobinos e euro-regionalistas), como vê o pós-Le Pen? A extrema-esquerda parece igualmente em reestruturação, depois do desmoronamento do PC (Partido Comunista) e a não penetração da LCR (Liga Comunista Revolucionária), PT e LO (Luta Operária) e o aparecimento do NRA liderado por Drucker... Dir-se-ia que este movimento é totalmente incapaz de aproveitar a oportunidade que no entanto se oferece (precarização social, crise financeira, etc). Estarão estes dois "não acontecimentos" ligados, constituindo a "prova" da abstenção total de oposição ao "sistema" (os partidos liberais da situação)?
A Frente Nacional obteve um certo sucesso no passado graças à soma de dois eleitorados bastante diferentes: um eleitorado popular, principalmente operário, e um eleitorado proveniente das camadas médias e inferiores das classes médias e da pequena-burguesia. Esse segundo eleitorado deixou de apoiar Le Pen durante a eleição presidencial de 2007 para se juntar a Nicolas Sarkozy. Está hoje desiludido, mas isso não o leva a regressar à FN. Esta última, por seu lado, nunca aprendeu a lição do seu sucesso junto das classes populares. Os trabalhadores estão incrivelmente ausentes das instâncias dirigentes. O aproveitamento do partido, a sua banalização na paisagem política, a idade do seu líder, as suas divisões permanentes, explicam a estagnação actual. O período pós-Le Pen tem grande probabilidade de ver a FN dividir-se definitivamente em duas partes, subsequencialmente marginalizadas.
A extrema-esquerda beneficia, num contexto de crise social agravada, do espaço aberto pela aproximação do Partido Socialista à sociedade de mercado e pela social-democratização do PC, que já não é hoje um fantasma. Mesmo nesse contexto, no entanto, não marca tantos pontos como se esperaria. A razão principal baseia-se no povo não se reconhecer nas suas tomadas de posição. A esquerda radical, em particular, evita constantemente acusar o patronato de fazer dos imigrantes um exército de reserva do capital, que permite a redução dos salários dos autóctones. É por essa razão que Olivier Besancenot (líder da LCR), para citar um exemplo, tem um sucesso mediático que não se verifica nas urnas. O poder estabelecido utiliza, para além disso, Besancenot e os seus amigos para dividir a esquerda, da mesma forma que François Mitterrand utilizou a Frente Nacional para dividir a direita. Voltamos, por isso, à mesma constante: o povo não dispõe actualmente de nenhum partido no qual possa reconhecer-se.

Falamos da esquerda e da direita radical, que se entregam frequentemente à retórica anti-europeia ou soberanista. Esta palavra faz sentido numa época de mundialização? A França tem alguma hipótese de sobreviver (demograficamente, culturalmente, economicamente) sem a Europa? Qual é para si o futuro das nações europeias?
Os soberanistas são pessoas muito simpáticas, com quem partilho certas posições (no que diz respeito aos EUA ou à burocracia de Bruxelas, por exemplo), mas ainda não compreenderam que os tempos mudaram. O Estado-nação, que foi a forma política privilegiada durante a modernidade, entrou numa crise irreversível. Hoje é ultrapassado por cima (pela subida das influências planetárias) e por baixo (a emergência das redes e comunidades, o localismo, as exigências quotidianas dos cidadãos). O futuro não está mais nos Estados nacionais, mas nas grandes uniões continentais, cadinhos de cultura e civilização, as únicas formas capazes de regular a mundialização e de construir pólos activos num mundo multipolar.

(Continua...)

O que é o nacional-sindicalismo?

«O Nacional-Sindicalismo é um Movimento Nacionalista de carácter económico-social.
Combate o comunismo, o socialismo, a democracia e a maçonaria e defende a organização corporativa e sindicalista nacional como meio próprio de assegurar à Nação condições de progresso e prosperidade e, a todos os Portugueses, uma era de justiça e paz social.
Proclama o Nacional-Sindicalismo que é necessário valorizar e proteger o Trabalho, sob todas as suas formas, dignificar a família, moralizar e robustecer a Nação.
Afirma o Nacional-Sindicalismo que o equilíbrio de todos os valores sociais, num espírito de justiça e franca solidariedade, é condição indispensável para que, ajudando-se uns aos outros, todos eficazmente concorram, material, moral e espiritualmente para a felicidade colectiva e individual.»

José Luiz Supico
in "Doutrina Nacional-Sindicalista (aspectos económico-sociais)", Edições Falcata, 2007.

sexta-feira, 1 de maio de 2009