domingo, 22 de março de 2009

Vintila Horia

O escritor romeno de expressão francesa Vintila (ou Vintilă) Horia nasceu a 18 de Dezembro de 1915 em Segarcea (Roménia) e morreu a 4 de Abril de 1992 em Madrid. Após estudos de Direito, e depois de Literatura e Filosofia, os quais realiza em parte em universidades italianas e austríacas, foi um dos membros da missão diplomática enviada a Roma, durante o consulado de Mussolini. Após a inversão de alianças da Roménia, que se juntou aos Aliados em 1944, Horia foi feito prisioneiro pelas autoridades nazis e internado nos campos de concentração de Karpacz e de Maria Pfarr, de onde foi libertado um ano depois pelo exército britânico.

Decidido a não regressar a uma Roménia dominada de forma crescente pela União Soviética, Vintila Horia mudou-se então para Itália, onde se tornou amigo de Giovanni Papini. Entretanto, na Roménia, Horia foi julgado in absentia a prisão pertpétua por facilitar a propagação de ideias fascistas no país. Em 1948, partiu para a Argentina, onde leccionou na Universidade de Buenos Aires. Em Março de 1953, mudou-se para Espanha, para trabalhar como investigador de estudos italianos. Ganhou o prémio Goncourt em 1960 pelo seu romance "Deus nasceu no exílio". Contudo, devido à revelação da sua antiga militância nacionalista na Guarda de Ferro por alguns jornais franceses, a Academia Goncourt nunca lhe chegou a atribuir o prémio. O seu livro suscitou numerosas críticas da parte de Jean-Paul Sartre.

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