quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O que é o GRECE?

O "Groupement de Recherche et d'Études pour la Civilisation Européene" ("Grupo de Pesquisa e Estudos para a Civilização Europeia"), também conhecido por GRECE (acrónimo francês para "Grécia"), é um think-tank etno-nacionalista, fundado em 1968 pelo jornalista e escritor Alain de Benoist. O GRECE distinguiu-se das restantes organizações conservadoras e tradicionalistas pelo interesse específico nas culturas germânicas e nórdicas, na rejeição do monoteísmo em geral e na recuperação de certos aspectos do paganismo.

O GRECE foi criado em Janeiro de 1968 por cerca de quarenta activistas oriundos de diversos movimentos nacionalistas. Dominique Venner, Jean Mabire e Alain de Benoist estavam entre os fundadores, na tentativa de criar um think-tank intelectual que influenciasse o pensamento conservador francês. Rapidamente os activistas do GRECE criaram duas revistas ("Éléments" e "Nouvelle École") assim como uma editora ("Éditions Copernic"), que publicou autores considerados "pioneiros", como Louis Rougier, Oswald Spengler ou Julius Evola. Outra vertente do GRECE era o estabelecimento de contactos com diferentes círculos culturais e científicos, organizando conferências e encontros.
Vários membros do GRECE, incluindo o próprio Benoist, juntaram-se à redacção da recém-criada revista do "Le Figaro", jornal conservador francês, onde mantiveram uma forte influência até 1981. No fim da década de 70, estima-se que o grupo contasse com cerca de 4000 membros.

Em 1979, o GRECE foi alvo de uma campanha hostil por parte da imprensa francesa, que denunciou o aparecimento de uma "nova extrema-direita" no núcleo da denominada Nova Direita Francesa ("Nouvelle Droite"). Na década de 80, enquanto o GRECE ia perdendo influência, alguns dos mais destacados membros abandonaram o projecto, entre os quais Pierre Vial e Guillaume Faye.

Em termos de publicação, o GRECE editou muitos artigos sobre filosofia política, abordando autores como Carl Schmitt, Julien Freund, Vilfredo Pareto, Ernst Jünger e ideologias como o comunismo, nacionalismo e liberalismo. Entre os tópicos regularmente abordados contam-se temas como a identidade, cultura, religião, racismo e anti-racismo, física, biologia e economia.

Nos últimos anos, o GRECE desenvolveu a ideia de uma Europa politicamente independente, livre das influências do "neo-liberalismo" e dos Estados Unidos, visto como o "representante da ideologia dominante da Modernidade", defendendo ideias como o localismo, o ambientalismo e o comunitarismo.

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