sexta-feira, 4 de julho de 2008

Por Portugal

"Chegou a ocasião de tomar partido ou por Portugal, ou contra êle; ou ter como fim o indivíduo em si, ou reconhecer a sociedade como guarda suprema do interêsse geral. Duma parte, está a Declaração dos Direitos do Homem; fica, do outro lado, a Declaração dos Deveres do Homem em sociedade. Aquela não reconhece outra lei, senão a lei interior e subjectiva da consciência de cada indivíduo; todo o interesse da vida reduz-se para ela ao bem-estar de cada sêr humano, fazendo tábua-raza de tudo o que a êle o precedeu; a declaração dos deveres, pelo contrário, inspira-se no património recebido e proclama que o homem é que foi feito para a sociedade e não a comunidade para o homem."

Luís de Almeida Braga
in "O Culto da Tradição", Coimbra, 1916, pág.3

1 comentário:

Anónimo disse...

Hoje o subjectivismo, o relativismo, o parasitismo e o banditismo estão solidamente instalados na sociedade portuguesa. Esse homem tinha toda a razão.